Desde o momento que descobri, de fato, estar grávida, esperei pelo momento de me sentir mãe.
Mal sabia eu que era mãe desde ali. A partir daquele exato momento.
Apesar de muitas sensações de enjôos e vontade de degustar comidas estranhas, modificações externalizadas no corpo a olho nu e aprimoramento de técnicas para a arte de preencher com travesseiros os espaços vazios entre camas ou sofás e barriga serem parte de todas as habilidades que ganhamos ao longo dessa nova jornada, creio, bem sinceramente, que tudo isso seja nada perto do que se passa em nossa mente e coração.
Só pude reconhecer quanto mais vale o sentimento do que o fisiológico em si, quando o meu bebê mexeu pela primeira vez. Talvez, seja o único momento do qual eu tenho certeza, absoluta, que nunca vou esquecer.
Entre tantas coisas, valores mudam.
Opiniões mudam.
E, tentando não ser piegas, você muda.
E pronto. A vida fica muito mais viva.
Você descobre que pode amar ainda mais um homem ao imaginá-lo passando talco em um bebê ou simplismente brincando com este pequenino no chão da sua casa. Que você pode apaixonar-se por ele por razões que antes consideraria muito pouco românticas.
A maternidade é realmente uma dávida. Incrível poder saber que você direcionará uma vida, ajudará a desenvolvê-la e descobrirá um amor sem igual.
Vida longa às mulheres que se permitem ser mães da própria carne ou da carne alheia! Viva à elas! Pois, só essas tem noção e sensibilidade para saber que existem vidas que dependem exclusivamente do amor para existir e que um filho é o melhor presente que alguém pode receber da natureza ou do coração.
Hoje, ainda não sei como é de fato, ter em meus braços uma criança minha. Contudo, meu anseio maior é ver puramente essa criança se materializando diante dos meus olhos ou ver seu primeiro sorriso de reconhecimento.
Bem, além de ser filha, da irmã, da neta, secretária, professora, aluna e tantas outras qualificações, tenho a de ser mãe de uma mocinha que segue saudável a caminho.
Lara vem chegando e com ela a vida mais feliz e maravilhosa que alguém pôde sonhar.
PS:Uma pessoa que tive o prazer de conhecer (Dany, beijo!) me incetivou a voltar a escrever aqui, ainda agora, que estou num momento tão especial (Gravidíssima!). Começo com esse textinho, apesar de já ter escrito tantos outros. Embora um pouco sem tempo, escrever é uma necessidade para mim. Publiquemos então nossos relatos tão preciosos do dia a dia. É um prazer!